Fernando segurou Vicky nos braços
cuidadosamente. Os olhos dela estavam fechados, sua roupa rasgada e seu cabelo
desgrenhado. Ele deitou-a sobre a cama e ficou a examiná-la por longo tempo até
que decidiu fazer o que julgava necessário.
Acendeu as luzes para vê-la
melhor. Ela estava suja e suas pernas, manchadas de vermelho. Seu rosto tinha
batom além da boca e por baixo do vestido roto, já não havia roupa de baixo.
Sentiu pena dela, pois sabia o quanto havia sido bonita um dia.
Com muita delicadeza tirou-lhe os
trapos que ainda lhe cobriam, deixando-a totalmente desnuda. Em seguida, foi ao
banheiro e trouxe uma bacia com água morna, sabão de coco, uma esponja, um
pente e uma toalha. Primeiro, limpou-lhe o rosto, removendo o batom
desnecessário, pois sua boca era naturalmente carmim. Vicky havia sido muito
maltratada e ele tinha consciência que ela voltaria a ser. – Coitada... – ele pensou.
Acomomodou a bacia sob sua cabeça
e lavou-lhe os cabelos louros. Secou-os e tentou penteá-los. Assustou-se quando
uma mecha se desprendeu e veio agarrada ao pente. Tentou ser ainda mais gentil.
Após 20 minutos, gostou do resultado. O cabelo estava liso novamente. Vicky
quase parecia a mesma, exceto pelas marcas em seu corpo que ele sabia que ela
as carregaria até o fim.
Fernando afastou a bacia e
deixou-a reta sobre a cama novamente. Ela permanecia de olhos fechados. Ele
ensaboou seus braços, seus seios e sua barriga. Passou mais sabão na esponja,
espremeu-a e abriu suas pernas. Limpou as manchas vermelhas em suas coxas e
passou a esponja em sua virilha, descendo a mão sem pressa. Virou-a de lado e
limpou também as suas costas e nádegas, principalmente, entre elas. Vicky
estava muito suja ali, naquela reentrância.
Ele pegou a toalha novamente e
secou-a. Olhou para o vestido lilás, ou o que havia sobrado dele, e decidiu que
ela não poderia vestir aquilo de novo. Deixou-a sozinha sobre a cama e saiu do
quarto. Ao retornar, trazia em mãos uma camisa vermelha, uma calcinha branca bem
pequena e uma fita amarela. A peça íntima coube perfeitamente, mas a camisa era
comprida demais, parecendo um vestido. Fernando, então, passou a fita amarela
em sua cintura e deu um laço na frente, girando-o até posicioná-lo em suas
costas.
Admirou Vicky com orgulho, mas
logo se entristeceu ao pensar que em breve ela estaria igual ou pior do que há
uma hora atrás. Afofou os travesseiros da cama e sentou-a recostada neles.
Vicky, finalmente, abriu os olhos.
Nesse momento, Fernando ouviu a
porta abrir atrás dele. Virou-se e viu sua filha de quatro anos entrar correndo
pela porta. – Ufa! – ele suspirou de alívio. – Ainda bem que ela só chegou
agora. – A menina correu para a cama e puxou Vicky pelos cabelos de forma
violenta.
- Obligada, papai! A Vicky tá
linda de novo!
E enchendo a boneca de beijos, a
menina saiu correndo arrastando-a pelo chão do quarto.
9 comentários:
Quase que você me mata de susto! Com essa onda de estupro, eu já estava em lágrimas quando cheguei ao final do texto... e claro, caí na gargalhada! Gargalhada de alívio!! Cris, você é fantástica!!!!! Amo suas letras!
Cris, como sempre seus textos são ótimos. Espero ser convidada para a noite de autógrafo de lançamento de um livro seu..... Adorei!
Que bom que vocês gostaram! Muito obrigada pelos comentários!
Belo texto. Você se supera em quaisquer que sejam os temas. E diz muito de você, ou seja, surpreendente. Beijos.
Excelente,amiga! LU
Muito bom!!!!!!
Quando fiz aquele elogio na sala não foi pura encenação, de fato sincero, isso sim.
Adorei, leitura simples e cativante, Foi isso que me chamou mais atenção. Entrarei na torcida dos que esperam um livro seu.
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